segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

DEUS RETIRA OU RETÉM A SUA BENÇÃO QUANDO HÁ PECADO OCULTO E NÃO TRATADO NO MEIO DA IGREJA

O pecado de um homem, Acã, envolveu, prejudicou toda a Nação de Israel. E prejudica toda a Igreja hoje! “Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã… apossou-se de algumas delas. E a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel.” (Js 7.1). Este “Foram infiéis” é o mesmo que prevaricar (edição da bíblia ERA), que quer dizer faltar ao dever; faltar, por interesse ou por má fé, aos deveres de seu cargo, do seu ministério. A ordem do Senhor era clara aos israelitas: “Mas fiquem longe das coisas consagradas, não se apossem de nenhuma delas, para que não sejam destruídos. Do contrário trarão destruição e desgraça ao acampamento de Israel.” (Js 6.18). Deus tomou a desobediência coletiva pela unidade: “Israel pecou. Violou a aliança que eu lhe ordenei. Apossou-se de coisas consagradas, roubou-as, escondeu-as e as colocou junto de seus bens.” (7.11)

A Igreja sofre fracassos e derrotas quando há pecado oculto, camuflado, escondido, não revelado, não tratado no meio do povo de Deus. Os cultos são amarrados, o louvor se arrasta, há queixumes, muitos manifestam vontade de parar com tudo, de desistir, de ir embora, de sair da Igreja, as orações não sobem ao Trono de Deus!

O pecado oculto, camuflado, escondido, não revelado, não tratado não acontece de repente. Há todo um processo progressivo e premeditado. Primeiro é concebido no coração e depois na ação. Veja como exemplo o adultério de Davi com Bate Seba. Davi teve tempo para interromper a ação pecaminosa e não o fez.

Vejamos os passos da derrota de Acã, de Israel, muito semelhantes ao que acontece com a Igreja nos dias de hoje: “Acã respondeu: “É verdade que pequei contra o SENHOR, o Deus de Israel. O que fiz foi o seguinte: quando vi entre os despojos uma bela capa feita na Babilônia, 2 quilos e 400 gramas de prata e uma barra de ouro de 600 gramas, eu os cobicei e me apossei deles. Estão escondidos no chão da minha tenda, com a prata por baixo”. (vs.20 e 21).

Passos:

(1) Cobiçou - “quando vi entre os despojos… eu os cobicei” – os olhos são a porta do pensamento e do coração! Há um ditado popular que diz: “O que os olhos não vêm, o coração não sente!

(2) Tomou posse indevida – furtou, roubou “e me apossei deles”. A fornicação (relações sexuais entre solteiros), o adultério (relações sexuais entre pessoas casadas, ou uma delas pelo menos), a não entrega do dízimo são tomada de posse indevida! Tomar posse de algo ou de alguém que não nos pertence (ou ainda não nos pertence!) é pecado.

(3) Ocultou, escondeu – trouxe o pecado para dentro de casa “Estão escondidos no chão da minha tenda, com a prata por baixo”. Dá para esconder o pecado? – “Deus é Espírito!…” Não há barreiras para a visibilidade, para o conhecimento de Deus!

Adão e Eva quando desobedeceram a Deus (Gn 3), pecaram. Sua atitude foi de se esconder de Deus entre arbustos… Tem cabimento uma atitude dessa?

Ananias e Safira resolveram vender uma propriedade e entregar o produto da venda ao Senhor através dos apóstolos-líderes da Igreja, mas mentiram ao Espírito Santo e foram mortos de maneira fulminante: A intenção de dar a Deus era boa, mas Deus pesou Sua mão por causa do pecado oculto da mentira. Não pode haver comunhão entre o Deus Santo e o Homem em pecado: “Por isso os israelitas não conseguem resistir aos inimigos; fogem deles porque se tornaram merecedores da sua destruição. Não estarei mais com vocês, se não destruírem do meio de vocês o que foi consagrado à destruição.” (v.12).

O pecado oculto, camuflado, escondido, não revelado, não tratado causa a retenção de bênçãos de Deus, os fracassos e a derrota na vida espiritual do crente e da Igreja.: “Há coisas consagradas à destruição no meio de vocês, ó Israel. Vocês não conseguirão resistir aos seus inimigos enquanto não as retirarem.” (v.13).

A impunidade se faz tão latente na raça humana, que acabou virando uma cultura muito praticada por aqueles, cuja audácia, sobrepuja a dignidade a ética e o caráter. A prática da injustiça acobertada pela impunidade, é tão nefasta que destrói aquele alento do fundo da alma, para o trabalho honesto, o exercício do bem, promovendo com isto a inspiração maléfica para a delinquência a contravenção e a corrupção. (Ivan Teorilang)

Muitos cometem erros confiando na impunidade humana, esquecem que os homens mudam, mas Deus permanece o mesmo e não deixará impune aquele que não assume a sua culpa...

O que encobre suas transgressões NUNCA PROSPERARÁ, mas o que CONFESSA e DEIXA, alcançará misericórdia. (Prov. 28.13)
(Extraído do Blog:Mestrekamel)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A NECESSIDADE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM IGREJAS


"Pois, qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem, comecem a escarnecer dele, dizendo: este homem começou a edificar e não pôde acabar." (Lucas 14: 28). 

Quando se trata de igreja, imagina-se na maioria das vezes o templo, espaço físico e organismo espiritual com membros que prestam culto a Deus, e propagam o evangelho de Jesus Cristo. No entanto, percebemos que poucos atentam para o caráter organizacional de uma instituição religiosa; motivo pelo qual, muitas igrejas ignoram a necessidade de cumprir seus deveres e obrigações civis vigentes em nosso país.  
As organizações religiosas, assim como as empresas, administram recursos, e buscam eficácia na realização de suas atividades.

Para que isso aconteça, deve haver planejamento estratégico, tático e operacional; que realizado por pessoas qualificadas, evitará dificuldades aos seus líderes e membros, e permitirá estabelecer prioridades, direcionamento e controle, para o atingimento de seus objetivos, de forma eficiente e eficaz. 

Compreendemos que a condução espiritual da igreja sempre será norteada pelo Espírito Santo de Deus, e isso relaciona-se ao organismo, entretanto, como organização, a condução sempre estará sob a responsabilidade de seus líderes, os aspectos sociais e econômicos da igreja. Portanto, não se deve mais admitir uma administração precária baseada no improviso. 
Baseado nesta afirmação, a igreja precisa realizar sua missão com eficácia, implantando uma gestão, por líderes capacitados, que apliquem seus conhecimentos na utilização de ferramentas realizem planejamento, delimitando departamentos, implementando controles internos que resguardem seu patrimônio e pratique uma administração com lisura de acordo com os princípios legais e da ética cristã. 

A gestão eclesiástica requer de pastores e líderes, decisões de alta complexidade, pois, além das funções espirituais; envolve departamentos direcionados às áreas sociais, patrimonial, contábil, jurídica e afins. Tornando-se um grande desafio que requer conhecimento pastoral e dogmático que tange a área eclesiástica; contudo, perpassa pelo papel de administrador, devida à sua complexidade.

Neste sentido, a Bíblia (1 Pedro 4: 10) orienta: “Conforme cada um recebeu um dom, use-o ao servir os outros como bom administrador da bondade imerecida de Deus, que é expressa de vários modos”.

Para constituir um líder espiritual, exige-se que o candidato seja vocacionado para o ministério pastoral, e conheça bem as doutrinas e regimentos de sua igreja; no entanto, cabe a este líder administrar patrimônio, dinheiros, e os diversos bens da igreja; de tal modo, que seja necessário a este; qualificações técnico-administrativas, para planejar, organizar, dirigir e controlar todos os recursos da igreja de forma eficaz.

A (Êxodo 18: 21-24) apresenta o conselho de Jetro, que ao perceber as dificuldades de Moisés em atender ao povo e julgar suas demandas:

"E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás, então, subsistir; assim também, todo este povo em paz virá ao seu lugar. E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro e fez tudo quanto tinha dito."

Percebe-se nesta instrução o estabelecimento de uma estrutura hierárquica, conforme a capacitação de cada líder, de modo a atender às necessidades do povo. 

Segundo Chiavenato (2014, p. 162) “a hierarquia representa a distribuição da autoridade e da responsabilidade entre os diversos níveis da estrutura”.

Ainda que as igrejas sejam organizações religiosas sem fins econômicos, necessitam delegar funções administrativas, as pessoas qualificadas, que conheçam ferramentas disponíveis, que envolvam planejamento, controle, administração de recursos, patrimônio, tecnologia, de modo a otimizar processos, dando melhor fluxo à atividade final.

Continua

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