quarta-feira, 25 de março de 2020

ESCOLHAS X CONSEQUÊNCIAS


As 4 advertências de Deus para Ló
(Pr. Célio de Almeida Theago — 23/03/2020)

E aconteceu que, tirando-os fora, disse: escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças. E Ló disse-lhe: ora, não, meu Senhor! Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua misericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida; mas eu não posso escapar no monte, para que porventura não me apanhe este mal, e eu morra. Eis que agora aquela cidade está perto, para fugir para lá, e é pequena; ora, deixe-me escapar para lá (não é pequena?), para que minha alma viva. E disse-lhe: eis aqui, tenho-te aceitado também neste negócio, para não destruir aquela cidade, de que falaste; apressa-te, escapa-te para ali; porque nada poderei fazer, enquanto não tiveres ali chegado. Por isso se chamou o nome da cidade Zoar. Saiu o sol sobre a terra, quando Ló entrou em Zoar.  (Gênesis 19:17-23).

ESCAPA-TE POR TUA VIDA
Ló escolhera as verdes campinas do Jordão para “prosperar”, mas agora, teria que deixar tudo para trás... o seu novo objetivo agora, seria “salvar apenas a sua vida”. Quantas vezes sofremos as consequências de nossas próprias escolhas? Ló pensara que o melhor lugar para criar sua família, seu gado, seus empregados, seria nas “verdes campinas”. Talvez de forma egoísta pensou em tirar vantagem, embora seu Tio Abraão tenha o permitido escolher para aonde ir; Ló, vislumbrando uma perspectiva de abundância e prosperidade, seguiu com sua família, e todos os seus pertences, deixando que seu tio permanecesse em uma terra aparentemente árida e infértil.
Mas Ló ignorara as promessas que fizera a Abraão; razão pela qual Abraão o concedera escolher primeiro, pois Abraão tinha convicção plena que Deus o levaria à terra prometida.
Muitas vezes, como Ló pensamos estar fazendo as melhores escolhas, levados pela nossa cobiça, que é guiada por aquilo que contemplamos com os nossos olhos. De repente, percebemos que a nossa escolha, que deveria nos levar a uma vida de abundância e prosperidade; nos leva à ruína. A Palavra de Deus afirma: “há caminhos que ao homem parecem ser bons, mas no fim são caminhos que conduzem à morte”. (Pv. 16:25).
Assim aconteceu na vida de Ló; agora deveria abandonar a posição que escolhera, apenas por vista, e sem a orientação de Deus. Que notícia terrível! Deus vai destruir tudo, seu gado, seus bens, sua riqueza (por causa da sua desobediência); você terá o direito de salvar somente a tua vida!



NÃO OLHES PARA TRÁS
Percebemos que Ló, para definir a sua direção, levantou os olhos e enxergou as verdes campinas do Jordão, e assim, decidiu habitar naquele lugar. Agora, a ordem era: “Não olhes para trás...” Ló não teria mais o direito de olhar para aquele lugar; pois assim como fora atraído e iludido, por uma visão puramente humana; agora, não deveria voltar os seus olhos para lá, de modo a salvar a sua vida e de sua família. Olhar para trás poderia despertar o desejo de ficar, ou despertar saudades de seus bens, suas riquezas, ignorando o perigo iminente. Razão pela qual, não deveria olhar para trás.

NÃO PARES EM TODA A CAMPINA
O lugar que Ló escolhera, agora não serviria mais para abrigar sua família; as verdes campinas do Jordão. Deus conhecia o coração de Ló, suas escolhas, suas ambições; sabia que ele fixara suas raízes naquela terra, embora, corrompida e rejeitada por Deus.
Muitas vezes somos iludidos por aquilo que vemos, e deixamos de perceber que Deus tem algo muito maior e mais sublime do que aquilo que vemos. Abraão não se importou, quando o seu sobrinho escolheu o “lugar melhor” para se viver; pois, confiava nas promessas do Deus que o chamou e disse: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. (Gênesis 12:1). Enquanto Ló, era guiado por aquilo que via, Abraão, era conduzido pela fé, de que quando chegasse o momento certo, Deus o mostraria a terra.
Abraão permanecia em seu lugar, uma terra aparentemente ruim, conhecendo os planos de Deus, e em intercessão; enquanto Ló fugia apenas com suas filhas, uma vez que sua mulher não obedecera às ordens de Deus, e tornara em uma estátua de sal. Que situação deplorável... saiu para as campinas, acompanhado de sua mulher, filhas, empregados e, repleto de bens; agora escapando, deixando para trás todos os seus pertences em Sodoma e Gomorra; e para piorar, sua mulher ficou pelo caminho.

ESCAPA-TE PARA O MONTE PARA QUE NÃO PEREÇAS
Mesmo perdendo tudo, Ló ainda conservava a altivez em seu coração, que o levara à ruína. Se fazendo de desentendido às ordens de Deus, Ló avista uma pequena cidade, chamada Zoar, e diz: “assim não, Senhor!” ... Tenho medo de ir para o monte e morrer!
Meditemos, não foi Deus que ordenou que escapasse para o monte, para que não viesse a perecer? Qual seria o problema de Ló?
Não confiava suficientemente que Deus poderia o livrar de seus inimigos?
Percebemos que Ló, embora tenha convivido por tanto tempo com Abraão, o pai da fé, não conhecera de fato o Deus de Abraão!
Ló negocia com os mensageiros de Deus, preferindo Zoar, e sob a permissão de Deus, habita naquele lugar. Muitos não compreendem a diferença entre a “vontade” e a “permissão” de Deus. Nem tudo que está dando certo, tem a aprovação de Deus, uma hora a situação muda, e aquilo que parecia ser bom, ou certo, torna-se em grande ruína, acompanhada de perdas irreparáveis.
As escolhas, que aparentemente eram corretas para Ló; o levaram a decisões erradas, e como consequência o fez perder tudo que possuía, inclusive sua esposa. Ló preferiu habitar em “Zoar” (lugar pequeno, insignificante),  mas acabou em uma caverna com suas filhas que o embebedaram e praticaram incesto, fazendo dele (Ló) pai de duas nações, os Amonitas e os Moabitas; que embora fossem parentes de Abraão, tornaram-se inimigos do povo de Israel.

CONCLUSÃO
Toda a nossa vida é dirigida pelas nossas escolhas, começando principalmente na nossa juventude. Observamos que Ló não teve dificuldades para habitar nos limites de Sodoma, mas agora, estava difícil separar-se de Sodoma, queria ficar mais perto; fato que o levou a completa ruína.
Salomão em Pv. 29:20, diz que “a precipitação é loucura, e leva à ruína”. A escolha, precipitada de Ló, em desobedecer às ordens de Deus o levou a uma grande crise.
O que fazer quando nos deparamos com a oportunidade de escolher os destinos de nossas vidas?
Devemos como Abraão, confiar em Deus e suas promessas. Renunciemos, pois, as nossas próprias ideias e convicção, e estejamos dispostos a fazer aquilo que o Senhor determina.  
E se fizermos uma escolha errada? Reconheçamos nossos erros perante Deus e confiemos que Ele nos conduzirá e nos livrará de suas consequências.
Amém!

domingo, 22 de março de 2020

O PAPEL DA IGREJA, EM TEMPOS DE CRISE


O VERDADEIRO PAPEL DA IGREJA DE CRISTO
(Pr. Célio de Almeida Theago – 22/03/2020)

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, E demonstrar a todos qual seja a comunhão do mistério, que desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor...”   (Efésios 3:8-11).

O que é Igreja? Qual o seu papel? Qual é a sua importância no Reino de Deus?

Vejamos...
A igreja existe em vários aspectos, sob o ponto de vista da “Razão Social”, ou do CNPJ, é uma organização. Mas do ponto de vista Bíblico, é um organismo vivo, o corpo a essência de Cristo.

A igreja não é um projeto da mente humana, não é uma ideia quântica, muito menos uma dimensão física, biológica ou química. A igreja é um projeto de Deus, que a criou com um propósito, ou objetivo; qual seria?

Apresentar a figura de Cristo...
Paulo diz: “quanto a mim [...] o mínimo de todos os santos...”  O grande Apóstolo, se considera o mínimo, ou o menor de todos; e não o maior, embora tenha sido usado grandemente por Deus para pregar o Evangelho aos gentios. Ele diz: “sou o menor de todos”, porque conhecia o Deus Todo-Poderoso que o chamara, e capacitara, para pregar as Boas Novas de Salvação. Ele diz: “Me foi dada a esta ‘graça’...”
Graça não traz somente a salvação, também conhecimento, Paulo não diz... foi me dada a competência, ou capacidade de..., mas, ele diz: me foi dada a graça.

Eu e você, somos igreja...
Fazemos parte do corpo de Cristo, pela graça. Não passamos a pertencer ao corpo pela nossa intelectualidade, ou pala nossa graduação acadêmica. NÃO, MAS, PORQUE A GRAÇA NOS ALCANÇOU! ALELUIA!
Só estamos aqui porque fomos alcançados um dia pela graça, que abriu os horizontes de nossas consciências, e nos levou aos pés de Cristo!
Devemos adorar a Deus porque fomos alvos de sua infinita e surpreendente graça!

O papel da Igreja...
Paulo declara que nos foi dado a graça de anunciar, ou fazer conhecida a “multiforme” sabedoria de Deus… segundo o eterno propósito de Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Para que Deus nos alcançou com sua graça?


  •         Para sermos anunciantes da multiforme sabedoria de Deus;
  •         Devemos “carregar” em nós o anúncio da graça;
  •         Onde formos ou chegarmos, devemos manifestar o Evangelho de Cristo;
  •        O evangelho (Verbo) está em mim;
  •         O Evangelho é “móvel”, através de mim, por onde quer que eu vá, ele vai comigo.

No tempo de peregrinação do povo de Israel no deserto, Deus ordenou a Moisés que construísse um tabernáculo, para que Ele pudesse habitar no meio de seu povo: Faze-me, também, um santuário, para que Eu possa habitar entre meu povo.” (Ex. 25:8). Por onde que o povo de Deus passasse, levariam em seus ombros a Arca da Aliança, todos os utensílios e materiais para montar o Tabernáculo (santuário) de Deus entre o povo. Este santuário era colocado no meio das tribos de Israel, o que simbolizava Deus no meio de seu povo.

O papel da Igreja no Reino de Deus...
Chegou determinado momento em que findou a peregrinação, e foi construído em suntuoso templo ao Senhor. Mas percebe-se através dos relatos Bíblicos, que o povo se distanciou de seu Deus, corrompendo cada dia mais; até que Deus “percebeu” que aquele templo estava ultrapassado, perdera o devido valor! Por isso, enviou Jesus, como o Verbo vivo de Deus, para habitar com os homens. Jesus veio, cumpriu seu ministério terreno, mas prometeu aos seus discípulos... Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos...” Ele já havia declarado anteriormente: Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, obedecerá à minha Palavra; e meu Pai o amará, e viremos até ele e faremos nele nossa morada.”
Jesus não quis a tenda de Moisés, ou o templo de Salomão, Ele estabeleceu um novo lugar, para habitar. Ele resolve vir morar em mim, em você!

  •      Agora a tenda sou eu;
  •          O tabernáculo sou eu;
  •          O templo sou eu
  •          O domicílio de Deus sou eu, e
  •          O morador é o Senhor Jesus Cristo!

Mas, Ele habita em mim, com um propósito: anunciar as “riquezas” incomparáveis, incompreensíveis de Cristo. São riquezas que Ele te capacita a compartilhar, embora, não as saiba dimensionar. O mistério estava “oculto” em Deus, mas Deus o revelou através de Cristo, o Seu Filho. Como Paulo afirma, quando escrevera a Tito (2:11): “Mas a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens...” 
O “verbo” se fez carne, e habitou entre nós... para que agora, pela igreja (que sou eu, é você), a multiforme sabedoria de Deus, pudesse ser compartilhada a todos os moradores da terra.

O que fazer...
É momento de nos levantar, como igreja de Cristo, para levar a mensagem da Cruz, que trará novamente, a paz, o amor, a esperança, e a certeza de que Deus ama tanto a humanidade, que deseja salvar, habitar, cuidar e guiar “pelos caminhos" de sua maravilhosa, surpreendente, inesgotável; e multiforme graça;  CRISTO JESUS!

Amém!

sábado, 21 de março de 2020

PALAVRA DE ESPERANÇA EM TEMPOS DE CRISE...


RENOVEMOS NOSSAS FORÇAS DIA APÓS DIA,
PARA QUE POSSAMOS FORTALECER NOSSOS IRMÃOS
(Pr. Célio de Almeida Theago)

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia.” (2 Coríntios 4:16).


          A palavra de Deus nos alerta que os últimos dias seriam difíceis, trabalhosos... Percebemos nestes dias em que estamos vivendo, o cumprimento da Palavra de Deus de forma tão intensa e abrangente, que nos cabe uma indagação: estamos nos últimos dias?
Temos visto ao longo dos anos, o cumprimento de muitos sinais que foram preconizados por Jesus Cristo...” fome, pestes, guerras, terremotos, etc.” 

          Qual deveria ser a atitude do servo de Deus, em meio ao caos que se apresenta!
Muitos são os obstáculos, que muitas vezes tentam roubar a nossa fé, nossa determinação, e talvez estamos orando para que Deus nos dê forças para que possamos continuar erguidos, de pé...
Mas será que realmente conhecemos quão poderoso é o nosso Deus? Talvez estejamos limitando o poder do agir de Deus a algo que compreendemos.

          É momento de agir com fé e crer que para tudo que Deus faz ou permite, existe um propósito. É através das lutas e dificuldades que Deus nos prova que somos capazes de ultrapassar nossos limites, e capacidade se suplantar todas as barreiras, através da fé.

          Talvez achamos algo impossível, e desanimamos, mas Deus conhece nossa força: “Conheço as tuas obras; eis que diante de Ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome[...]
[...]Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. (Apocalipse 3:8 e 10).

          Paulo, quando escreve à igreja de Tessalônica, declara que Deus não nos destinou para a ira, mas para sermos alcançados pela salvação em Cristo Jesus, pois Ele (Jesus) morreu por nó, para que em todo o tempo estivéssemos unidos a Ele. Paulo recomenda à igreja de Cristo que devemos encorajar, aconselhar uns aos outros de forma mútua, para manter o fogo do Espírito.
          É hora de unir a nossa fé em oração, intercessão, buscando de Deus o renovo, para que possamos suportar o que acontece à nossa volta, e que jamais venhamos a desanimar e, mesmo que o exterior esteja desgastado, estejamos sendo renovados a cada dia pelo Senhor.
          Não é tempo de chorar, é tempo de agir como verdadeiros servos de Cristo. Mesmos reclusos em nossas casas (por um período), sabemos que Deus não se limita ao tempo, ou espaço. Ele está em toda parte. 

Lembremos o que aconteceu com a igreja de Cristo no primeiro século! Muitas foram as perseguições, dificuldades, adversidades; e foi por isso que Paulo os orientou a fortalecer uns aos outros. Talvez muitos deles estavam desapontados, tristes, deprimidos como Cleópas e seu companheiro no caminho de Emaús, pois pensavam que Jesus seria o libertador político de Israel, mas agora estava “morto”.
·        Devemos apascentar o rebanho de Cristo
Observemos: “Quando terminaram de comer, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama mais do que a estes?” Ele lhe respondeu: “Sim, Senhor; o senhor sabe que eu o amo.” Ele lhe disse: “Apascente os meus cordeiros”.

          Jesus jamais nos pediria algo que não pudéssemos realizar, pois Ele nos conhece, sabe nossa estrutura, por isso, Ele nos incumbe esta sublime missão de “fortalecer” àqueles que estão fracos, que só sabem seguir a Cristo em momentos de bonança. Como posso fortalecer ao meu irmão?
Jesus não referia, exclusivamente à provisão física, a qual fortalece o corpo, mas queria dizer que devemos prover aos nossos irmãos aquilo que necessitam para fortalece-los mentalmente e espiritualmente, de modo a aumentar a esperança e a confiança. Fortalecer significa: escorar, fortificar, apoiar, confortar...

          Muitas vezes estamos como Pedro, que quando Jesus predisse que O negaria... Pedro não conhecia as suas próprias fraquezas, pensava que jamais negaria seu Mestre; o que tentou demonstrar, quando com sua espada, desferiu o golpe, que cortou a orelha de Malco.  Quando os apóstolos fugiram, Pedro seguia a Jesus de longe..., mas ao presenciar os eventos que seguiram, a sua coragem extrema (que possivelmente julgava ser sua maior virtude), foi esvaindo... e sendo interpelado, por três vezes negou conhecer a Jesus, e até “espraguejou”. Agora aquele homem forte, corajoso, intrépido, estava chorando amargamente; pois a sua fraqueza foi revelada diante de todos, que realidade cruel, Pedro acabara de perceber.

          Por esta razão que Pedro nos alerta: “Mantende os vossos sentidos, sede vigilantes. Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.” (1 Ped. 5:8).
Se observarmos, veremos que Jesus anteriormente tinha relatado a Pedro que havia intercedido ao Pai, para que a fé de Pedro não fraquejasse, pois Pedro haveria de ser aquele instrumento de Deus, para fortalecer os seus irmãos.

          Quando ressurreto, Jesus aparece a Pedro... porque? Agora Pedro conhecia de fato, que embora pudesse conhecer suas virtudes, forças; após o triste episódio da negação, percebera que subestimara suas fraquezas.  Embora Pedro houvesse negado seu Mestre; Jesus conhecia o coração de Pedro e sabia, que embora o houvesse negado, fraquejado; isso não significaria que Pedro O deixara de amar.
Razão pela qual Jesus pergunta por três vezes... Tú me amas?  Jesus queria com isso assegurar a Pedro que ainda o amava e o queria como discípulo.

·        Em momentos de crise, devemos fortalecer nossos irmãos

Em momentos de adversidades, como agora vivemos; devemos mais do que nunca, fortalecer os nossos irmãos. Devemos fortificar a nossa fé em Cristo Jesus, para que possamos servir de inspiração àqueles que estão fraquejando, diante das adversidades. Devemos voltar à autenticidade do evangelho de Cristo, que nos ensina que haverá muitas adversidades, aflições, dificuldades; mas cheios de fé e esperança, seremos vitoriosos, como nossos antepassados. Deixar para trás o evangelho humanista, antropocêntrico; e voltarmos à cruz de Cristo.

Como podemos fortalecer nossos irmãos? 

Conduzindo-os à veracidade pura e simples das Sagradas Escrituras, sem misticismo, sem palavras de efeito, ou gatilhos cerebrais; e permitir ao Espírito Santo a liberdade de nos usar, como simples instrumentos transmissores da vontade de Deus, seguindo o exemplo de Cristo, tão bem explanado por Paulo, quando escreve aos Filipenses, no capítulo 2... “de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que embora sendo Deus: [...] Aniquilou-se a si mesmo[...] Tomou forma de servo [...] Foi obediente até a morte e morte de cruz...”
Jesus por amor, tornou-se servo, para que pudéssemos ser livres, e devemos seguir o seu exemplo, para todos os povos da terra!

“Se o meu povo, que é chamado pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos; então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e curarei a sua terra.”

Portanto, busquemos à face do Senhor, para que possamos nos fortalecer na Palavra, no jejum, nas orações, nas intercessões; e ser instrumentos de Deus para manter viva a fé, o amor, e a esperança daqueles que de alguma forma estão fraquejando diante das dificuldades, pois sabemos que somos que só a igreja de Cristo é sabedora que as nossas ações, que trarão a cura para todas as nações!

(Pr. Célio de Almeida Theago – 21/03/2020)




sexta-feira, 13 de março de 2020

NOTA DE ESCLARECIMENTO...

Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé. Gálatas 6:7-10


Venho por meio desta nota, esclarecer aos leitores as seguintes questões:

·        Este Blog foi criado em 2011, a pedido de alguns alunos do curso de Teologia, na escola em que leciono desde 2004.
·        A nossa primeira postagem aborda sobre o cristianismo autêntico... e seguimos neste intuito: contribuir para o conhecimento e crescimento da igreja de Cristo.
·        Durante esses anos, compartilhamos de assuntos doutrinários diversos, e temas variados.
·        Como professor do curso de Teologia no ministério, do qual faço parte; nunca permiti aos meus alunos, que denegrissem alguma denominação e sua liderança; pois aprendi e creio que a igreja pertence ao Senhor Jesus! e Ele,  o Senhor jamais permitirá que toquem na menina de Seus olhos, sem que haja sérias consequências.
·        Desde bem jovem aprendi a respeitar a privacidade das pessoas, bem como o ser humano que está atrás de qualquer cargo ou posição eclesiástica.
·        Fundamentado nestes princípios; que jamais me assentaria frente ao meu computador para denegrir, julgar, expor pessoas, igrejas, e seus líderes, em seus diversos níveis hierárquicos.
·        A respeito da veiculação da última matéria publicada, trata-se da continuação de uma matéria postada por mim em janeiro 2020; pequena parte da Tese de Conclusão de Curso Acadêmico, elaborado por mim, no ano de 2019 (próximo passado).
·        Repudio veementemente o uso das ferramentas digitais para a disseminação de factoides, ou acusações infundadas, o que por si só fere o princípio fundamental da ética e moral cristã.
·        Como membro da Assembleia de Deus em Monlevade desde a década de 1970; pude passar por diversas fases ao longo da história desta igreja, onde tive o privilégio de ser pastoreado por diversos pastores, aos quais sempre tratei com o devido respeito e cordialidade.
·        Nos últimos 33 anos, como membro deste ministério, posso garantir, sem qualquer sombra de dúvida, que somos felizes e honrados por estar sob o comando do Pr. Sérgio Eleotério Coelho; homem de caráter e conduta ilibada, cuja administração tem sido transparente e com devida lisura aos membros e colaboradores da igreja, ao longo destes anos.
·        Aproveito o momento para me colocar inteiramente à disposição de todos para o esclarecimento de quaisquer dúvidas a respeito deste e de outros temas, reiterando nosso compromisso com a transparência, a verdade e a bondade, tão bem expresso nas Sagradas Escrituras.

Cordialmente,

Célio de Almeida Theago, 13 de março de 2020.


quarta-feira, 11 de março de 2020

TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DA IGREJA DE CRISTO


"Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. (1 Pedro 5.2-4)".

Introdução
Sabemos que a vida espiritual da igreja sempre será conduzida pelo Espírito Santo, e isso relaciona-se ao organismo, entretanto, como organização, está sob a responsabilidade de seus líderes aspectos sociais e econômicos da igreja. Portanto; não se deve mais admitir uma administração precária baseada no improviso. Baseado nesta afirmação, a igreja precisa realizar sua missão com eficácia, implantando uma gestão, através de líderes capacitados, que apliquem seus conhecimentos na utilização de ferramentas realizem planejamento, delimitando departamentos, implementando controles internos que resguardem seu patrimônio e pratique uma administração com lisura de acordo com os princípios legais e da ética cristã.
(CHIAVENATO, 2014, p. 2) afirma: “Nos dias de hoje, a administração revela-se como uma área do conhecimento humano repleta de complexidades e desafios”.
A gestão eclesiástica requer de pastores e líderes, decisões de alta complexidade, pois, além das funções espirituais; envolve departamentos direcionados às áreas: social, patrimonial, contábil, jurídica e afins. Tornando-se um grande desafio que requer conhecimento pastoral e dogmático que tange a área eclesiástica; contudo, perpassa pelo papel de administrador, devida à sua complexidade.
Neste sentido, a Bíblia (1 Pedro 4: 10) orienta: “Conforme cada um recebeu um dom, use-o ao servir os outros como bom administrador da bondade imerecida de Deus, que é expressa de vários modos”.

Para constituir um líder espiritual, exige-se que o candidato seja vocacionado para o ministério pastoral, e conheça bem as doutrinas e regimentos de sua igreja; no entanto, cabe a este líder administrar patrimônio, dinheiros, e os diversos bens da igreja; de tal modo, que seja necessário a este; qualificações técnico-administrativas, para planejar, organizar, dirigir e controlar todos os recursos da igreja de forma eficaz.

A Igreja e o Terceiro Setor
A ITG (Interpretação Técnica Geral), item 4 (CFC, 2012) corrobora que o terceiro setor envolve entidades religiosas.
A entidade sem finalidade de lucros pode exercer atividades, tais como as de assistência social, saúde, educação, técnico-científica, esportiva, religiosa, política, cultural, beneficente, social e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e interesses coexistentes, e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou comunitária.
Fica evidenciado que as organizações religiosas estão inseridas neste grupo de entidades sem fins lucrativos. O terceiro setor deve, obrigatoriamente, contar com o amparo legal, podendo destacar da Constituição Federal (BRASIL, 1988), os seguintes artigos e incisos:

Artigo 5º [...]
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
 XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Artigo 150 [...]
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios [...]
VI - Instituir impostos sobre:                  
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; [...].

 As organizações do terceiro setor obrigam-se ao respeito à legislação específica para o setor de atividade, a Lei 10 406 em seu artigo 50 (BRASIL, 2002) prevê que o poder judiciário poderá buscar os bens de seus administradores, quando houver abuso de personalidade jurídica pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial nestas organizações.
 Mediante o exposto, torna-se necessária uma estrutura de gestão adequada para entidades do terceiro setor. 

A Contabilidade da Igreja
 A contabilidade tem como função registrar todos os eventos econômicos e financeiros ocorridos dentro de uma organização. Nele pode-se verificar quais são os benefícios, os direitos, as obrigações, o que a instituição teve de receita, e despesa, e, efetivamente, se está gerando de superávit ou de déficit (no caso das instituições em fins econômicos).
A interpretação técnica ITG 2002, item 23-24, (CFC, 2012) instrui:

As demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas pela entidade sem finalidade de lucros, são o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, conforme previsto na NBC TG 26 ou na seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável.
No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido; e a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados por Superavit, ou Deficit. Nas Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e dos Fluxos de Caixa as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídos por superavit, ou deficit do período.

As Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2012), esclarecem que devem ser evidenciadas as informações com ou sem gratuidade, serviços voluntários obtidos, e divulgadas em notas explicativas por tipo de atividade na demonstração do resultado. Também devem ser classificas as doações dos associados na demonstração dos fluxos de caixa.

A associação sem fins lucrativos, imune ou isenta, dedicada a atividades de organização religiosa, ao manter escrituração completa de suas receitas e despesas, deve observar as formalidades requeridas para a sua validade jurídico-fiscal. A partir de 1º de janeiro de 2014, essas entidades são obrigadas a adotar a Escrituração Contábil Digital (RF, 2014).

(BRASIL, 1997) Das formalidades da escrituração contábil, para gozo da imunidade a entidade deverá manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão.
É importante que se tenha uma boa gestão dos recursos financeiros, pois com ela a igreja poderá analisar, tomar decisões e agir de acordo com os recursos necessários e disponíveis, para cumprir a sua missão. Para isso, é necessário um planejamento orçamentário, pois é por meio dele que a igreja, da arrecadação, as despesas e os custos, nortearão a saúde financeira e o desenvolvimento da instituição.
Ao estabelecer planos sem ter dinheiro em caixa, o gestor acarretará um peso nas costas dos membros da igreja, através de campanhas para pagar as contas. Para que a obra de Deus não pare por falta de recursos ou por prejuízos financeiros, é necessário:

·          Definir as prioridades;
·          Calcular corretamente os gastos e as despesas;
·          Contar somente com o dinheiro que está em caixa.

A gestão patrimonial da igreja
O patrimônio de uma igreja sobretudo, é constituído das contribuições (ofertas, dízimos e doações), sendo necessário tratar com seriedade a gestão patrimonial. É indispensável o estabelecimento de uma gestão profissional que observe as normas e critérios necessários, pois além da complexidade administrativa, é essencial que se mantenha todas os registros e controle dos bens ou recursos da igreja que normalmente abrangem espaço físico (templo, casa pastoral, prédios, terrenos, etc.), equipamentos (instrumentos musicais, computadores, bancos, cadeiras, púlpitos, etc.) e demais utilizados pela igreja, para consecução de sua missão.
Quanto aos bens Santos (2002, p.23, grifo nosso) apresenta a seguinte classificação:

Bens tangíveis - Aqueles que podem ser tocados em razão de possuírem substâncias ou massa material, correspondem também aos bens materiais e corpóreos (imóveis, veículos, mercadorias, etc.).
Bens intangíveis – Denominados também bens imateriais. São elementos que figuram no patrimônio das empresas e que não possuem um correspondente material para a sua existência. O exemplo mais clássico para este caso é a aquisição de uma patente de invenção por uma indústria, que deverá registrar esse valor em sua imobilização técnica imaterial. Esse valor não terá correspondente material que o represente.
Bens móveis – Aqueles que podem ser deslocados sem alteração de sua forma. Geralmente constituem a maioria dos bens de uma organização.
Bens imóveis – Aqueles que não podem ser deslocados como terrenos, prédios, jazidas minerais (pertencem ao Ativo Imobilizado).

A gestão patrimonial requer métodos e processos que envolvem controle, planejamento e descrição de funções e tarefas abrangendo desde a aquisição até o destino em relação à utilização de cada bem.
Caberá ao Setor ou Departamento de Patrimônio:

·      Recebimento, registro e identificação dos bens e das propriedades da igreja;
·      Manter um inventário de relação dos bens, pelo menos uma vez por ano;
·      Conservar os bens, atribuindo responsabilidades aos envolvidos na utilização destes;
·      Cuidar dos aspectos de depreciação dos bens.

É fundamental que o líder de uma igreja possua capacitação ou contrate gestores capacitados para atuar na gestão patrimonial da igreja.

A Gestão dos Recursos Financeiros da Igreja
Uma das áreas mais visadas da gestão de igrejas é a financeira. Crentes, pela fé e gratidão entregam seus dízimos e ofertas nas igrejas, confiados nas bençãos espirituais. Mas pelas leis e princípios morais deve-se fazer boa administração e prestação de contas . Sabemos que a obra é de Deus, não exclui o lado humano da administração.
A falta de transparencia na administração financeira da igreja, não é uma atitude ética, e levanta suspeitas. Todas as decisões de investimentos dos recursos, devem ser deliberadas e legitimadas, para que todos que fazem parte do grupo saibam que os recursos ofertados, terão uma destinação adequada.
O gestor que não age com tranparencia, e não cumpre o seu dever de prestar contas; além de desrespeitar as leis vigentes; está sendo negligente com recursos que não lhe pertence. Quando o administrador não gosta de prestar contas; significa que não é digno da confiança, e põe em cheque todas a liderança da igreja, pois através de seus atos, deixa a entender que os demais líderes são incompetentes e incapazes de opinar sobre a aplicação dos recursos, muito menos de julgar sua administração.
A Palavra de Deus diz que "é digno o obreiro de seu salário"; mas ele não pode fiscalizar-se, muito menos, administrar sozinho a fonte de seu sustento, os dízimos da igreja. Por isso, deve ser constituido um Conselho Fiscal competente, discreto, leal, e independente, daquele que gere os recursos da igreja. Este Conselho fará a avaliação dos demonstrativos financeiros, e emitirá parecer sobre a administração dos recursos, que posteriormente, serão apresentados à Membrezia, para deliberação.
Uma igreja bem administrada , desenvolve uma cultura de prestação de contas através de relatórios simples, e fáceis de ser compreendidos . A sua receita não é gasta de forma improvisada e irresponsável. Quando a Igreja tem pleno conhecimento do destino dos recursos ofertados, sentirá motivada a contribuir cada vez mais, se estes forem bem aplicados, e mostra que o trabalho está sendo realizado de forma séria e comprometida com os principios legais e com o Reino de Deus.
Ser santo é agir com transparencia com todos os recursos patrimoniais e financeiros da igreja; pois um dia todos estaremos perante o Senhor, prestando contas de todos os nossos atos.
A Bíblia está repleta de homens que fizeram escolhas erradas, contudo, foram vítimas de suas próprias escolhas. O gestor pode escolher fazer uma má administração como Eli e seus filhos, ou fazer como Samuel; obedecer às ordens de Deus.