quarta-feira, 6 de abril de 2011

O PECADO DE OMISSÃO I


Texto: Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.” (Tiago 4,17).


A Epístola do Apóstolo Tiago é conhecida no meio teológico como “A Epístola da Ética cristã”.

O que é “pecado de omissão” ?

Um pecado de omissão é não fazer algo de bom quando você sabe que deveria. A parábola do bom samaritano é um exemplo clássico deste pecado (Lucas 10:30-37). Tanto o sacerdote quanto levita passaram pelo homem ferido, sem ajudá-lo, deixando-o "meio morto".

Quantos você tem deixado "meio mortos" ao longo de sua jornada aqui nesta vida?

Nosso relacionamento com Deus não constitui apenas em estarmos cientes do que o mal que fazemos, mas também o conhecimento do bem que deixamos de fazer. As coisas boas que somos chamados a fazer não são para serem feitas somente quando é conveniente para nós, mas em todos os momentos.

O pecado da omissão é tão prejudicial para o nosso bem-estar espiritual como os pecados de comissão.

Neste século estamos vivendo dias difíceis, em que os valores morais, éticos e espirituais já não são apreciados, quando alguém faz um b em que seria normal, vira destaque nos noticiários. Muitas pessoas que se dizem cristãs mas levam uma vida muito aquém daquilo que preconiza as Sagradas Escrituras.

Efésios 2.10 diz: “Porque somos feitura dele,criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.

Como vimos no texto de Lucas 10:30-37, observamos nos dias atuais que pessoas que deveriam servir de exemplo estão a todo o tempo tentando levar vantagens em detrimento das outras pessoas, ou deixando de fazer o bem que sabém e deveriam fazer, e às vezes até justificam as suas atitudes dizendo que ás vezes é necessário omitir, afirmam ainda: “isto não é problema meu” portanto, não preciso me envolver nisso.

Imagino com entristece o coração de Deus ao ouvir pessoas que se dizem cristãos declarando: “Eu não posso falar mentira, mas também não sou obrigado a falar a verdade, tenho o direito de permanescer calado”. Será que isto é possível à luz das Escrituras?

Vejamos o que declarou o apóstolo Tiago: “Aquele que sabe ou pode fazer o bem e não faz COMETE PECADO...”

O pecado de omissão é um das mais terríveis armas do inimigo para derrotar o crente, o Apóstolo Tiago nos ensina que deixar de fazer o bem é uma forma de fazer o mal. Muitos cristãos são como aquele sacerdote e aquele levita (religiosos) que passam de largo diante de problemas que vêem à sua frente (Lc 10.30-37). Não foram eles que assaltaram e feriram aquele homem. Podemos ver no texto que aquele homem não estava morto, mas “meio morto”. Portanto, ao deixarem aquele homem jogado no caminho não o socorrerendo, tornaram-se cumplices de um latrocínio, pois se dependesse deles, aquele homem teria morrido. Deixam de fazer o bem pode trazer consequencias irreparáveis na nossa vida de das pessoas que nos cercam!

A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo (Tg. 1:27).

Hoje, entre nossos irmãos em Cristo, há os que precisam de ajuda e cuidados. Devemos procurar aliviar suas aflições e sofrimentos e, dessa maneira, mostrar-lhes que Deus tem cuidado deles. "Conservar-se santo diante de Deus". Tiago diz que o amor ao próximo deve estar acompanhado do amor a Deus, expresso na separação das práticas pecaminosas do mundo. O amor ao próximo deve estar acompanhado da uma atitude santa diante de Deus (sem nenhum outro interesse); doutra forma, não é amor cristão.

Deixamos de fazer o bem quando não votamos contra leis injustas; não fazemos o bem quando nos calamos diante da opressão dos pobres. Deixamos de fazer o bem quando estamos assentados no ônibus e fingimos não ver uma pessoa idosa, grávida ou com necessidades especiais, quando deixamos de alimentar alguém faminto, quando egoisticamente guardamos roupas ou calçados que já não usamos mais enquanto muitos estão desprovidos. Deixamos de fazer o bem, o que significa fazermos o mal! É um contra-senso ao amor cristão, pois o mesmo deveria ser ativo e atuante; deveria ser o amor como o que Cristo demonstrou ao seu povo (1 Jo 3.16-18).

Não devemos ser aparentemente cristãos , mas devemos viver um autentico cristianismo. Vejamos o que nos diz o apóstolo tiago: "Meus irmãos não jurem nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação." (Tiago 5.12). O homem verdadeiramente honesto não precisa jurar, ele apenas precisa apenas dizer a verdade, ser sincero, agindo com benevolência, mesmo que isto possa lhe custar a própria vida. Deus deseja a verdade desde o íntimo, na alma, em máscaras, sem hipocrisia. Sem a honestidade, todas as demais virtudes perdem o valor. A honestidade é a essência da coragem moral e o resultado de uma vida de permanentes santificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.